Festa

Ah, os "carolas " que me desculpem, mas dançar em formatura e casamento é muuuuito legal. E olha que eu não sei dançar nada, minha história de vida não me permitiu aprender, e agora tenho vontade e preguiça. Só chego na pista quando a música permite dançar separado (sempre anos 60 e 70). É, nada de dançar juntinho, afinal eu não quero o meu amorzinho pisando no meu pé, e tampouco quero me arriscar a pisar no pé dele... é sempre uma dificuldade entrar no ritmo.
Mas, só gosto mesmo de dançar em festas de casamento e formatura porque acho que são ocasiões muito especiais, únicas. É pra comemorar meeeesmo, pra se divertir, pra valorizar a conquista e a felicidade do parente, do amigo, enfim, de quem nos convidou. É uma expressão de alegria. Ainda bem que já vai longe o tempo em que isso me preocupava.
Há tempo para chorar e tempo para sorrir.
Então, "alegrai-vos com os que se alegram!"

Vale tudo por dinheiro?

Não é de hoje que ícones do meio artístico e musical fazem uso de sua figura para estampar campanhas publicitárias de grandes cervejarias e engordar em alguns milhões a conta bancária. Sempre discordei ra-di-cal-men-te dessa postura.
Me diga se faz sentido: a criatura constrói uma imagem pública de grande penetração entre as camadas mais jovens da sociedade, tornando-se um símbolo de sucesso, talento, saúde, felicidade, juventude e beleza, e depois usa tudo isso pra vender uma droga de cerveja, literalmente, porque como bem sabemos, cerveja contém álcool e álcool é droga. Droga que no Brasil é liberada e tem o consumo muitíssimo incentivado pelas incansáveis peças publicitárias veiculadas a qualquer hora do dia ou da noite nos canais de televisão que lucram outros milhões.
Acho de uma insensibilidade atroz, usar de seu carisma e prestígio para incentivar o consumo de uma droga que só faz aumentar a violência social, numa sociedade que caminha para o caos. Tenha paciência! Com tanta coisa melhor pra fazer!
Sem contar que todos os anos, nesses tempos de carnaval, o Estado gasta milhões em campanhas publicitárias e material informativo para prevenir a proliferação das doenças sexualmente transmissíveis (entre elas a AIDS), prevenir o aumento do número de acidentes de trânsito, abastecer os bancos de sangue, e outras coisas mais. É um contrasenso gritante. É um dinheiro jogado pelo ralo, se o consumo continua liberado e livremente incentivado.
Por isso, gostei quando li esta notícia hoje no site da Folha de São Paulo. É isso mesmo, Excelência! A decisão é provisória e tende a durar pouco, mesmo assim, tá de parabéns!

Juiz proíbe anúncio de cerveja durante o dia

Às vésperas do Carnaval, decisão da Justiça no Ceará determina que anúncios não podem ir ao ar entre as 6h e as 21h

Juiz considerou que o aviso "beba com moderação", já veiculado na publicidade de cerveja, é insuficiente para informar os consumidores

KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

Às vésperas do Carnaval, uma decisão da Justiça Federal no Ceará determinou a proibição, no rádio e na TV, de propagandas de cerveja entre as 6h e as 21h. Hoje, os anúncios podem ser veiculados durante o dia todo. A medida vale para todo o país.
A decisão ainda proíbe toda a propaganda de cerveja que não traga a advertência de que "o consumo de bebidas alcoólicas provoca dependência química e psicológica". Pela determinação, as três principais cervejarias do país -Ambev, Femsa e Schincariol- também são obrigadas a inserir a advertência em toda sua publicidade.
A liminar (decisão provisória) foi concedida pelo juiz da 2ª Vara Federal no Ceará, Jorge Luís Barreto, em ação movida pela ONG Desafio Jovem do Ceará -que atende jovens dependentes químicos. Vale para todo o país até decisão contrária ou até o julgamento da ação.
O juiz considerou que apenas o aviso "beba com moderação", já veiculado na publicidade de cerveja, é insuficiente para informar os consumidores sobre os efeitos causados pela bebida.
Ainda segundo o juiz, a mensagem não atende à população e principalmente aos jovens, que "deveriam ser melhor esclarecidos sobre as conseqüências do consumo exagerado de bebidas alcoólicas".
A liminar foi concedida no final da manhã de ontem. Logo em seguida, a Justiça Federal começou a enviar intimações para todas as emissoras de TV e rádio. A decisão deve começar a vigorar 24 horas depois de entregue a intimação, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Ao lado das cervejarias, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e a União também foram acionadas. Para o advogado da ONG, Francisco Maia Pinto Filho, a agência e o governo federal foram omissos no controle da propaganda.
"As cervejarias escolhem artistas que são ícones dos jovens para pedir que bebam. Como permitir que crianças fiquem expostas a esse tipo de apelo, sem que cometam excessos e até caiam na criminalidade mais tarde?", questionou.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) prepara desde 2003 resolução para restringir a propaganda de bebidas alcóolicas. O texto era para ter sido divulgado no final de 2006, mas não ficou pronto. A assessoria do agência informou que o documento deve sair neste primeiro semestre.
Entre as mudanças previstas, está a inclusão de aviso sobre o risco de dependência causado pelo álcool. A nova norma também deve restringir entre 20h e 8h a veiculação, na TV, de publicidade de bebidas alcoólicas.

Dinossauros

Deus foi muito bom comigo. Agradeço todos os dias por ter ao meu lado um marido atencioso, solidário e prestativo. Não existe coisa mais ultrapassada que homem inútil, daquele que só serve pra ser servido, é patético. Deviam ser peça de museu, como os dinossauros!
Todas as pessoas devem buscar sua independência e agir com solidariedade, sejam mulheres, sejam homens.
É assim que eu penso.

Pena, só? Que pena!

Lá vem de novo essa conversa de redução da maioridade penal! Como se uma lei mágica pudesse nos tirar desse atoleiro de corrupção e abandono. Reduzir garantias não vai criar da noite para o dia a infra-estrutura que precisamos para enfrentar o crime. Francamente, senhores, nossos parlamentares mais uma vez se valem de uma resposta rápida e superficial, passando ao largo da atenção que o assunto merece.
Onde estão as políticas públicas (de segurança, mas também de educação, de emprego, de habitação) e os investimentos para tirá-las do papel? Seriedade, senhores, é o que falta aos poderes públicos, seriedade.

Evidências de oligarquia

Dirigindo, ouço quase sempre rádio. Na verdade, ando meio maníaca por informação (E quem não anda? Até parece que todas elas nos são indispensáveis!). Só paro quando estou cansada e, quase sempre, irritada com o que ouço, aí ponho uma música pra relaxar.

Pois bem, outro dia ouvi um trecho do discurso de posse do governador do estado, que, reeleito, inicia seu segundo mandato. E foi profundamente irritante ouvir o Sr. Governador do Amazonas se referindo a todas as autoridades presentes à solenidade de sua posse como "caro amigo" ou "minha querida amiga". Referia-se desta forma "carinhosa" a cada uma das autoridades que compunham a mesa naquele momento. Absurdo total! Como é, senhores, que o chefe de um Poder pode chamar "caro amigo" ao chefe de outro Poder, como o Legislativo ou o Judiciário!? Para onde foi a independência? Parece que estava certo de ser ele próprio o poder, e não de estar no exercício de um Poder que não lhe pertence. E age tão naturalmente... que nem sequer se dá conta! Isso escancara pra quem quiser ver uma realidade que acompanha a história do nosso estado, a oligarquia amazonense. É vergonhoso, senhores! Um pouco de compostura, pelo menos em momentos solenes nos afrontariam menos.

Sem contar um fato já muito repetitivo que me chama sempre muita atenção e me causa indignação: trata-se da presença constante do Arcebispo de Manaus. Até quando? Há muito, senhores, somos um Estado laico. Todas as religiões coexistem, e não há religião oficial no país. Basta desta tradição obsoleta e desrespeitosa para com todos aqueles cidadãos brasileiros que filiam-se a outras religiões. Afinal, não é de todos o dinheiro que financia estas solenidades e festejos?

Não é somente patético, mas é frustrante. Quase nos faz perder a esperança de ver um Amazonas livre desses grupos e um governante consciente de seu papel e capaz de alterar os rumos da nossa história. Até quando?

Oligarquia (do grego ολιγαρχία, de oligoi, poucos, e arche, governo) significa, literalmente, governo de poucos. No entanto, como aristocracia significa, também, governo de poucos - porém, os melhores -, tem-se, por oligarquia, o governo de poucos em benefício próprio, com amparo na riqueza pecuniária. As oligarquias são grupos sociais formados por aqueles que detém o domínio da cultura, da política e da economia de um país, e que exercem esse domínio no atendimento de seus próprios interesses e em detrimento das necessidades das massas populares.

Fonte: Wikipédia